sábado, 15 de novembro de 2008

O que se passa?

Texto retirado da 1° ed do JNC.


Por João Ferreira

O fato é que a situação salarial dos professores que prestam serviço para a ENC exige imediatas providências. Existem salários de R$ 700,00 a R$ 1.200, e essa diferença salarial se dá pela forma de contratação da empresa Personal Service, que classifica o prestador de serviço pelo nível escolar: básico, médio e superior; gerando, assim, certo desestímulo. Porque o saber circense não pode ser classificado pela instrução escolar. O que precisa ser feito é um conhecimento oficial do notório saber dos artistas e mestres do circo tradicional, encontrando formas de contratação que atendam às necessidades da ENC ou um concurso público adequado.

Existe um movimento por parte da secretária escolar da ENC que marcou uma reunião com o Presidente da FUNARTE, Celso Frateschi, para reivindicar e pressionar o órgão a resolver essas questões. Diante desse quadro, levando em consideração serem justas as reivindicações dos prestadores de serviço, manifesto minha solidariedade à esta mobilização e apelo aos alunos: esta é a hora de todos participarem e tomarem uma decisão forte, representativa, garantindo a força que precisamos para convencer os representantes de nossa classe da importância de serem atendidas às solicitações com urgência. Há mais de 10 anos não há reajuste salarial. O quadro ainda se torna pior quando analisamos a carga horária de trabalho dos profissionais na ENC. São 40 horas semanais, onde a atividade é corporal e exaustiva, sendo ainda que a maioria deles mora longe. O quadro de funcionários não atende à demanda, fato que não é novidade pra FUNARTE, o que se passa? Está passando da hora da FUNARTE reconhecer que a Escola Nacional de Circo e seus funcionários merecem ser tratados com respeito. O comprometimento das pessoas com a questão ocasionará a pressão necessária sobre os que detêm o poder em prol desta idéia. ■

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